DOIS POETAS MAUAENSES
(o primeiro poeta mauaense do qual se tem notícia).
Paineira
Paineira frondosa e copada.
A quem os anos se encarregaram,
de seres o adorno da Mauá,
município que se formou,
pelas suas virtudes celestes,
que a natureza consagrou.
Ostentando com merecida glória,
galhos. Flores e preciosa paina,
representas algo para a história,
que muito nos enaltece e ufana.
como praga e destruição.
Mas nossos esforços jamais serão poupados,
para sua salvação.
Por estares assim condenada,
pelo imprevisto da sorte,
o viço perderás, paineira querida,
pois te sabemos próxima da morte.
Orgulhosos bastante nos sentimos,
pois o que te iguala não há.
És a glória e o símbolo da Bandeira,
do Colégio Visconde de Mauá.
Mauá, 3 de setembro de 1959.
Geraldo Cavalcanti
(Poeta mauaense vencedor do I EPOM, 1972)
O Engraxate Mirim
“Vai a graxa, seu moço?”- ele pergunta,
e vai logo passando a escova e o pano.
Engraxa, limpa, lustra, unta e besunta
o sapatão da mina e do bacano.
Seu pai é cego e sua mãe, defunta.
Cedo aprendeu da vida o desengano.
Mas trabalha sorrindo, e diz que ajunta
um montão de dinheiro ao fim do ano.
Enquanto outros no vício se consomem,
hoje ele treina pra amanhã ser homem:
trabalha e ganha, não mendiga o pão.
tanto tempo a limpar tanto sapato,
anda sempre o guri de pés no chão!
Poesia vencedora do I EPOM, 1972
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